segunda-feira, 5 de setembro de 2011

"De Frente com o Inimigo"

Em maio de 2002, percebi algo estranho na minha mama direita e procurei um Mastologista e foi me indicado um dos mais respeitados aqui de Santos, o Dr. Vicente Tarricone. Assim que fui examinada, ele já me pediu uma série de exames, tais como: Mamografia, ultrassonografia das mamas, Raio X de Torax, exames de Sangue, etc...
Minha irmã Ana Luiza, como sempre faz até hoje, me acompanhou até ele para levar os resultados.
Eu teria também que passar por uma biópsia  e assim foi feito. O diagnóstico foi Câncer de Mama, já no estádio IV, ou seja ,  muito avançado. 

Quando recebi o diagnóstico do Dr. Vicente, minha impressão era de que eu estava sendo jogada de um avião sem pára-quedas, completamente sem chão, pois teria que passar por uma mastectomia radical, e eu fiquei abalada mesmo, pois a vaidade de ser uma "mulher perfeita" nestas horas fala mais alto e eu pensava, Meu Deus! Ninguém merece passar por isso!

Dr Vicente então, me encaminhou para a oncologista Dra. Martha Perdicares, outra médica excepcional, e eu teria que fazer pelo menos três sessões de quimioterapias antes da cirurgia, como ele me explicou, seria pra reduzir o tamanho do tumor e dar uma desacelerada em seu crescimento pra que se obtivesse uma segurança maior na cirurgia.
Enquanto ele me explicava, minha cabeça estava a mil, eu pensava..."vou ter que fazer quimioterapia, meus cabelos vão cair, vou sentir todo aquele mau estar?" Não é possível! Ele percebeu que eu estava angustiada e tentava me consolar dizendo..."Vamos negociar...vc faz as três sessões de químios, depois então a gente resolve, pode ser até que a cirurgia seja somente de um quadrante". Ele me encaminhou também para  um cirurgião plástico de sua equipe para se,  no caso de retirada da mama, fosse colocado um expansor pra futuramente fazer a reconstrução.
Fui orientada por ele também a procurar uma psicóloga, pois eu iria me sentir melhor e iria me ajudar muito já que tudo pra mim era novidade, eu jamais imaginava passar por isso tudo!
Realmente foi muito bom ter passado por ela, tive muitas arientações importantes sobre os sintomas das quimioterapias e os efeitos após a cirurgia.
Me explicou que, após a cirurgia, eu não levantasse peso de forma nenhuma,  evitasse exposição ao sol, calor,  pois os braços e mãos poderiam inchar uma vez feito o esvaziamento das axilas e nossa proteção dos braços, são os gânglios linfáticos situados nas axilas e com  a retirada deles, ficamos muito vulneráveis à infecções e inflamações. Inclusive que, quando fosse fazer as unhas não retirasse as cutículas e que também não depilasse as axilas, na intenção de se evitar estes riscos.

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